segunda-feira, 23 de setembro de 2013

PES 2014 vs. FIFA 14 (Mudando os papéis?)

Na transição entre PS2 e PS3 a Konami não perdeu a mão apenas na engine de Pro Evolution Soccer; também houve acomodação e a ditadura de Shingo “Seabass” Takatsuka que não fazia grande esforço em olhar para o Ocidente, o ninho do futebol e enxergar as mudanças no esporte e nos gamers. Para piorar, a Eletronic Arts trocou quase que um time inteiro e deu um ultimato aos produtores de FIFA: ou vende, ou acaba.
O resto já sabemos, PES enfrentou todo tipo de dificuldade, críticas, perda de mercado e fãs até a adoção do projeto Fluidity Ko. Que daria origem a Fluidity PES Engine, baseada na Fox Engine. Uma transição a longo prazo mas necessária. O primeiro produto dela é Pro Evolution Soccer 2014, um game que quebra barreiras, rompe com o estilo arcade quase que totalmente e projeta um futuro brilhante para a franquia.
De outro lado, após o magnífico FIFA 12, a EA perdeu a mão, lançou o insosso FIFA 13 e agora perde a mão de vez com o fraquíssimo FIFA 14. Havia tantas promessas para os fãs que gostam de ambas as franquias, pois enfim teríamos dois jogos classe A para futebol no mercado.
Se a Konami cumpriu a parte dela, a EA mais uma vez tira de trouxa seus consumidores. O game em nada mudou em relação a FIFA 13, a não a ser a facilidade em sair cara a cara com o goleiro. Os bugs em chutes, cabeceios, dribles tortos, jogaores com a mesma estatura e habilidades e um campo que parece o de FIFA Street. Chegar de uma meta a outra leva apenas dois ou três toques e a preferência da empresa por “anabolizar” os times ingleses é ridícula.
Ok, é o maior e mais importante mercado dela, mas você joga com o Cardiff City e tem a impressão de jogar com o Brasil de 70.
Errar uma passe, um lançamento ou uma finalização cara a cara com o goleiro é quase impossível em FIFA 14. O ao redor dos estádios continua com gráficos que remetem ao PSOne. De positivo, o bonito menu inspirado no Windows 8. Pouco, bem pouco para tantas promessas dos produtores. As DLC que virão, todas somadas custaram quase o dobro do game, ou seja, se você pagará cerca de R$ 400 para ter um FIFA 14 “completo”.
Dizer que FIFA 14 é ruim é injusto com os fãs da franquia que não se importam com mais do mesmo. Uma mudança talvez causaria perda de mercado; e com PES 2014 renovado e de novo no ringue, a EA apostou no mesmo, no que ela acha certo.
Se no passado recente a Konami demorou em ser incisiva e dar um All Or Nothing, hoje é a Eletronic Arts que se recolhe acomodada, acreditando piamente que a rival morreria por inanição.
Competição é indispensável, para o bem dos consumidores. FIFA 14 mudou seu papel no tabuleiro; acomodada, entrega um jogo medíocre a seus fãs. De seu lado, a Konami retoma seu lado e se PES X FIFA fosse uma luta de boxe, a EA estaria acuada num corner do ringue tomando golpes duros, típicos de um lutador despreparado.
A Eletronic Arts acredita que licenças realmente a manterão no topo. A partir do próximo ano, só a Premier League será exclusiva e até 2018, nem UEFA Champions League nem Libertadores chegarão a seu roster de ligas.
Arrogância e prepotência já derrubaram civilizações, que dirá franquias. E história por história, os generais da Konami sabem contar muito melhor o seu background.
Título: FIFA 14
Produtora: EA Sports Vancouver
Plataformas: PS4, PS3, 
XBOX 360
, XBOX One, PC, Android, iOS e outros.
Lançamento: 3 de Outubro
Review: 6.5/10

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